Os pescadores da região do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, à
margem direita do Rio Pará, querem que as empresas responsáveis pelo
navio que naufragou com uma carga de 5 mil bois vivos paguem uma
indenização de um salário mínimo por mês, durante dois anos, para cada
família. A proposta foi debatida hoje (26) em audiência pública
realizada pelos ministérios públicos do Pará e Federal no Pará e as
defensorias públicas da União e do Pará, com os moradores da região,
sobre a possibilidade de um acordo entre os atingidos e algumas das
empresas envolvidas no acidente.
Segundo Petronildo Alves, um dos
representantes das famílias afetadas, existem peculiaridades entre
essas famílias. “Os pescadores consideram que foram os mais atingidos.
Até hoje estão sofrendo porque desapareceu o pescado e não estão
conseguindo pegar nem para a própria alimentação”, disse.
Alves
explicou que, além do salário, os pescadores querem que seja feito exame
médico para verificar a saúde da população e, após os dois anos, que
seja realizada uma perícia para verificar a situação do pescado e da
água na região.
Além dos pescadores, segundo ele, o naufrágio
afetou ribeirinhos e comerciantes, principalmente aqueles que viviam do
turismo nas praias. “Já esses estão aceitando o valor único oferecido
pela empresa para dividir entre as famílias. Então continua a negociação
agora com essa nova proposta [dos pescadores]”, disse.
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